Olá pessoal, vamos abrir um novo espaço aqui: "Cultura" aqui vamos postar algumas curiosidades sobre os países, costumes, histórias etc.. Hoje vamos falar sobre xenofobia, provavelmente muitos nem sabem o que é, mas talvez conheça alguém que sofre com isso, abaixo vai uma breve explicação sobre o assunto.
O termo é de origem grega e se forma a partir das palavras “xénos” (estrangeiro) e “phóbos” (medo).
Geralmente se manifesta através de ações discriminatórias e ódio por indivíduos estrangeiros. Há intolerância e aversão por aqueles que vêm de outros países ou diferentes culturas, desencadeando diversas reações entre os xenófobos.
Escrevemos uma história (fictícia) para exemplificar uma das formas que isso ocorre. Boa leitura.
Por
um triz
Eu
estava no Aeroporto de Berlim-Brandemburgo aguardando o meu vôo chegar, quando
uma garota me chamou a atenção. Ela estava na última mesa da lanchonete do
aeroporto. Nunca vi tanta tristeza e angústia numa pessoa. Observando melhor,
reparei que ela estava chorando. Aproximei-me e lhe perguntei:
-Minha jovem, posso lhe ajudar em alguma coisa?
Quando
ela olhou pra mim com aqueles olhos verdes, senti enorme compaixão por ela. A
moça abaixou o olhar novamente e nada me respondeu. Percebi que na sua mão
haviam vários comprimidos. Não me contive, segurei em sua mão, olhei bem nos
olhei bem nos olhos dela e perguntei novamente, dessa vez com mais firmeza:
-Por favor, diga-me. Em que posso te ajudar?
Ela caiu
em profundo choro, e quando se acalmou, respirou bem fundo e me contou a sua
história:
-Meu nome é Alice. Nasci na cidade de
Ubatuba, interior de São Paulo. Sou de uma família muito humilde, mas meus pais
sempre me incentivaram a nunca desistir dos meus sonhos, então estudei muito e
me esforcei para aprender outras línguas para trabalhar na Europa. Nos últimos
dois anos da minha faculdade eu morei no campus. Finalmente chegou o dia da
minha formatura, estava muito ansiosa, pois meu sonho estava se realizando.
Meus pais estavam muito felizes comigo, e eu não via a hora de vê-los
novamente. Sempre nos comunicávamos por cartas, mas eu não via a hora de
abraçá-los. Eu iria receber o meu diploma e rever os meus pais. Seria o melhor
dia da minha vida, mas se tornou o pior. Recebi a notícia de um grave acidente
na rodovia envolvendo três carros, sendo um deles o dos meus pais, que não
sobreviveram. Meu desejo era de morrer junto com eles. Mas eu lembrava da voz
do meu pai dizendo: “Filha, aconteça o que acontecer, nunca desista dos seu sonhos.”
Fui adiante. Alguns meses depois, consegui meu passaporte e visto e vim para a
Europa, a princípio comecei a trabalhar como garçonete num restaurante. No
começo eu ignorava quando as pessoas me desprezavam ou falavam alguma coisa de
mim. Aguentei isso durante seis meses, mas as coisas começaram a piorar:
comecei a ser ameaçada. Ontem a noite, um grupo de cinco jovens me cercaram na
saída do trabalho, me agrediram e disseram coisas horríveis e que dá próxima
vez que me vissem, iriam me matar, pois estava ‘roubando’ o lugar de emprego
das pessoas nativas de lá. Consegui enxergar nos olhos deles o ódio que sentiam
de mim e que não estavam brincando. Como no Brasil não tinha mais ninguém me
esperando e aqui estou sendo ameaçada, não vejo outra saída a não ser a morte.
Comovido
com essa história, desisti do meu vôo de negócios e a convenci para ir para a
minha casa. Sou dono de uma transnacional e a contratei como minha secretária
particular. Durante esses meses que ela se hospedou na minha casa, percebi que
nos apaixonamos profundamente. Casamos-nos. Hoje, três anos depois desse
encontro no aeroporto, nasceu a nossa segunda filha, perfeita e linda, assim
como sua mãe. Sem dúvida, sou infinitamente grato a Deus por ter mostrado
aquela jovem e evitar que ela cometesse o pior erro de sua vida.
Caso queira falar conosco no particular basta mandar email para numsolocal@gmail.com

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